Editorial |
A discussão do sistema de reserva de cotas para funcionários públicos, negros, egressos
de colégios da rede oficial e outros motivos vem causando debates acirrados entre
diversos segmentos da sociedade brasileira. O
Governo do Estado do Rio de Janeiro baixou leis efetivando direitos de grupos, sem que
houvesse um debate mais amplo junto à comunidade educacional e a sociedade. As
reações foram imediatas, contrárias e favoráveis. O Poder Judiciário foi chamado a
intervir e concedeu benefícios para os prejudicados, mandando matriculá-los nos cursos
de graduação mantidos pelas Universidades Estaduais. Por
sua vez o Ministério da Educação não se manifestou oficialmente a favor ou contra,
fazendo com que os segmentos buscassem soluções próprias para cada caso. É
certo de que a Constituição Federal afirma que “todos são iguais perante a lei,
sem distinção...” Enquanto não for modificado esse princípio na Carta Constitucional não poderá haver no Brasil
reservas de vagas. Espera-se
que a desigualdade social possa ser superada e fazer com que na prática realmente todos
sejam iguais no direito de acesso à educação. João Roberto Moreira Alves
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Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação |
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