ano 18 - nº 108 - agosto de 2009
Os avanços da internet e
saldos positivos para os sistemas educacionais
João Roberto Moreira
Alves (*)
O extraordinário avanço
da internet no mundo traz reflexos altamente positivos para os sistemas
educacionais.
No Brasil vemos cenários animadores. Em 2005 eram 31,9 milhões de pessoas
com acesso à rede mundial de computadores; no início de 2009 já são 56
milhões, representando um aumento significativo, embora ainda tenhamos 104
milhões de excluídos, se tomarmos por base a população acima de dez anos de
idade.
A Região Sudeste concentra 40,3% dos internautas, sendo seguido pela
Centro-Oeste, com 39,4; Sul, com 38,7%; Norte, com 27,5% e Nordeste com
25,1%.
Em termos de local de acesso 57,1% usam equipamentos em casa; 35,2% em "lan
house" e 31% nos locais de trabalho. Há uma forte concentração da segunda
opção nos Estados da Região Nordeste.
O uso da banda larga vem aumentando e atualmente são mais de 80,3%. O
acesso discado ainda tem 18% e o restante usa as duas alternativas.
Paralelamente aos computadores os aparelhos celulares marcam evolução
positiva no sistema de comunicações. Em 2005 eram 56 milhões e ao término
de 2008, 86 milhões.
Os dados são da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios que é elaborada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Referidos números mostram significativas bases para que a educação a
distância possa ser alavancada em todas as unidades da Federação.
As instituições que possuem programas de EAD precisam adequá-los à realidade
social dos usuários. As variáveis de acesso e de tipos de máquinas
existentes nas casas ou locais de trabalho dos alunos são primordiais para o
sucesso ou o fracasso.
Em muitas ocasiões, excelentes conteúdos são disponibilizados por
universidades, centros universitários, faculdades e escolas, mas se perdem
no percurso até a outra "ponta", onde os estudantes não conseguem acompanhar
a aprendizagem por choques de programas instalados.
É relevante, portanto, que exista uma permanente pesquisa e um contínuo
processo de avaliação, para evitar desperdícios e frustrações recíprocas dos
agentes ativos e passivos do processo de aprendizagem.
(*) Presidente do
Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação
(IPAE 190- 08/09)
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